8.12.06

Responde, vai...

Uma coisa vem me incomodando. Aliás, várias coisas, mas no momento mesmo é a minha dependência em receber e-mails. Tem virado dependência física esse negócio. Começo a sentir uma angústia enorme quando passo mais de 1 hora sem receber uma mensagem. Não tô falando de spam e nem daqueles e-mails comuns que todo mundo encaminha, como correntes, notícias, fotos engraçadas, artigos, filmes, etc.

Não consigo mais me sentar em frente a um computador sem me conectar. Preciso saber quem quer falar comigo e com quem posso falar, seja o assunto que for. O pior: preciso das respostas. Sim, as respostas são fundamentais! Como é possível enviar uma mensagem a alguém e não esperar ansiosamente por sua resposta? Vá lá, às vezes a pessoa foi ao banheiro, não foi trabalhar, tá com preguiça, tá ocupada, tá viajando, não leu ainda ou não achou relevante responder... Mas como é possível saber que recebeu uma mensagem e não abri-la, e se abrir, não responder? Tem gente que deixa passar dias... Eu não suporto. Começo a me preocupar, acho que se isso não melhorar, precisarei me tratar.

Eu finalmente consegui me livrar da dependência do relógio. Décadas olhando para o pulso esquerdo o tempo todo. Agora não mais! Por causa de uma alergia causada pela pulseira de couro vagabundo, suspendi o uso. Doeu um pouco nos primeiros dias, tive uma crise de abstinência de uma semana, mas depois... liberdade! Hoje, se me perguntam as horas eu não sei. Simples assim. E isso é tão bom! Vou tentar adotar isso para minha vida virtual.

Gente, até nas férias! Na praia dá aquela coceira pra saber como estão as pessoas, quem lembrou de mim, quem está com saudades, quem morreu, quem nasceu... É fundamental estar conectada! É uma doença desse milênio? Viciei? Ou é pura carência?

Acho que quando me “limpar” dos emails, passarei a me desintoxicar do celular... É a próxima etapa. Me aguardem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Querida Ana Laura,

Hoje, ainda a pouco, aproveitando meus últimos dias de férias entrei no seu blog........... Estava fuçando no orkut quando vi pela primeira vez o link de acesso àquilo que você já tinha comentado comigo que estava fazendo.
Fiquei maravilhada com as suas experiências e descobri uma Ana Laura diferente, uma Ana Laura que mesmo não sendo moleca descobriu o mundo de uma forma única e bastante legal.
Adorei as histórias do batom, do relógio e das respostas.
Parece que, nesses tempos modernos, todo mundo passa pelas mesmas crises.
Eu já abri não do relógio e adorei a sensação. Imagina....eu conseguia dar aula sem olhar para o pulso. Especulando se isso é controle excessivo ou desprendimento total, fico com a segunda opção.Vou e volto e o único horário com o qual eu me preocupo e com o da sessão de cinema.
A internet é um caso a parte. A minha dependência está no nível mais crítico e a relação já virou esquizofrênica. Ao mesmo tempo que trabalho com isso e fico de saco cheio, tenho meus amigos distantes que se tornam muito mais próximos por causa dela.
E no meio disso tudo a gente vai descobrindo um monte de coisa, as nossas carências e maluquices, os amigos que realmente se renovam e os que saem de cenas por mil motivos diferentes.
Enfim, essa visita a seu blog me despertou um monte de coisa......e se isso aconteceu, acho que valeu a pena!
Beijos

Anônimo disse...

Ana Laura, amiga de todos os tempos!Que alegria ver mais uma produção sua e (como sempre) tão bem feita... Adorei!
Às vezes morro de saudades de vc e também do Ricardo... fico feliz por saber que, entre vcs, está tudo bem.
Mas nem sei de qual texto do blog eu gostei mais....por isso não vou comentar nenhum em especial... Particularmente, estou sempre ligada em relatos de mudanças de vida...de atitudes, de valores, de companhias, de programas, de hábitos... etc. Até assinei uma revista chamada “Vida simples” (conhece?) que me ajuda nessa proposta... Tive e continuo combatendo as dependências de toda natureza (do celular, da atenção de outras pessoas, do que só o dinheiro pode comprar... sem falar na “administração” dos vícios reconhecidos como o álcool, tabaco, etc...) Às vezes parece que estou me reinventando e esse novo produto, mesmo não agradando a muitos do meu convívio mais próximo por aqui (tudo tem seu preço...claro) a cada dia, tem agradado mais a mim mesma, sabe como???
E que 2007 seja o ano da boa colheita, pra todos nós!!! Se passar de carro por Minas, não deixe de me ligar antes ... (quero muito conhecer a Helena e ver o Daniel)
Bjos
Ione